sexta-feira, 13 de abril de 2018

A ideologia truculenta do golpismo

Violência - Ao promover operação policial na região da Luz, o sucessor de Dória na prefeitura de São Paulo provocou reações incontroláveis, que resultaram em atos violentos contra comerciantes e moradores da região. O governador, que substituiu o candidato presidencial tucano no Palácio dos Bandeirantes, iniciou seu mandato afirmando que vai diminuir o efetivo policial destinado a atender "brigas de casal", quando os números da violência doméstica indicam a necessidade de que seja feito exatamente o contrário disso. Nos dois casos, há sinais perigosos de que o prefeito da maior cidade do país e o governador do estado brasileiro mais desenvolvido concordam no método de combater a pobreza e a miséria. 

Banalização - Segundo o Ministério Público, "66% das mortes de mulheres em razão do gênero acontecem dentro de casa", um indício de que as "brigas de casal", citadas pelo governador paulista, estão na origem de mortes evitáveis.  Visões estereotipadas sobre o uso de drogas e sobre a violência doméstica são comuns para os apoiadores do golpismo. Defensores da violência, eles não se importam com seres humanos mergulhados no inferno das drogas ou com mulheres submetidas a violência física dentro de suas próprias casas.
Injustiças - As ações da prefeitura na Cracolândia, e o pronunciamento estúpido do substituto de Geraldo Alckmin sobre as mulheres, devem ter sido aplaudidos pelas pessoas que demonstraram alegria com a execução de Marielle Franco e com os tiros disparados contra a caravana do presidente Lula. O que o golpismo pretende é a banalização da violência e de situações injustas. Eles querem que isto passe a ser visto como normal pela opinião pública. Os adversários da democracia, quando nos governos e administrações, também são inimigos de vidas humanas. Quem dissemina o ódio reforça a prática cotidiana da violência.

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