
Mídia - Um dos instrumentos do golpe, a mídia tradicional, busca disseminar, no seu noticiário, a impressão de um inexistente isolamento do presidente Lula. Outra tentativa midiática indisfarçável é a de convencer a opinião pública de uma suposta (e inexistente) inviabilidade eleitoral da candidatura. Notícias sobre pedido judicial para que o presidente Lula seja declarado inelegível, antes mesmo do registro da candidatura; e informações sobre questionamentos de um dos aliados históricos do PT, ganharam destaque nos grandes veículos de comunicação. São escassas, por outro lado, as informações sobre o Festival Lula Livre, que acontece no próximo sábado, no Rio de Janeiro; e sobre a continuidade da resistência no acampamento de Curitiba.

Parlamento - Os deputados federais da atual legislatura são, majoritariamente, conservadores. Para os artífices do golpe não foi difícil convencê-los da necessidade de derrotar o PT. O motivo poderia ser qualquer outro, mas a acusação da prática de "pedaladas fiscais" foi o principal argumento utilizado na votação do "impeachment" por parlamentares que, ancorados no noticiário midiático, determinaram a destituição da presidenta Dilma, democraticamente eleita.

Projetos - A revogação das medidas adotadas pelo governo sem voto só será possível com a volta do presidente Lula ao Palácio do Planalto. A retomada do projeto democrático e popular é a vontade da maioria da população brasileira. O maior empenho do golpismo, neste momento, é no sentido de inviabilizar essa possibilidade. O uso da mídia tradicional, do judiciário e do parlamento vai continuar sendo a arma do golpismo para viabilizar os seus objetivos. Para enfrentar a ofensiva golpista será necessário travar a luta institucional, através da denúncia pública e da disputa aberta com veículos de comunicação da mídia tradicional, com magistrados comprometidos com o golpe e com parlamentares subservientes ao governo sem voto. Mas será necessário, sobretudo, produzir mobilizações dos trabalhadores e das classes populares, capazes de enfrentar o golpismo e reverter medidas injustas e desumanas.
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