terça-feira, 31 de julho de 2018

O perigo do fascismo e a conivência das elites

História - Na Alemanha, depois do nazismo, a ideologia excludente passou a ser considerada, pela opinião pública, como uma espécie de desvio de conduta e de caráter. Mas isso não impede que, em algumas ocasiões, manifestações racistas e homofóbicas ainda aconteçam. Na Itália, depois do fascismo, aconteceu a mesma coisa. Mas isso não é empecilho para o crescimento político de ideologias minoritárias e preconceituosas. A França construiu uma sociedade plural e diversificada, mas ainda assim, tunisianos, argelinos e outros imigrantes, muitas vezes, são tratados com preconceito pelos que se consideram franceses puros.

Resistência - No Brasil, os movimentos sociais populares, nas favelas e nos bairros da periferia de todo o país, têm enfrentado, com muita coragem, a estigmatização das elites brasileiras, que pretendem que os pobres sejam tratados como cidadãos de segunda categoria. A resistência tem evitado que a situação seja, ainda pior, em relação às mulheres, aos homossexuais e aos negros.

Ideologia - Apesar de o preconceito e a exclusão serem considerados, em todo o mundo, como uma espécie de desvio de conduta e de caráter, isso não impede que eles aconteçam. Atitudes preconceituosas, desgraçadamente, insistem em se organizar politicamente, e a consciência anti-fascista não impediu, por exemplo, o crescimento eleitoral da família "Le Pen" na França. A resistência da maioria do povo brasileiro, por outro lado, não impede que o fascismo e a exclusão social se manifestem na política, muito claramente, e que tenha seguidores. Mas é absurdo que isso aumente de dimensão, ao ponto de se tornar uma alternativa de governo.

Conivência - As elites brasileiras e o capitalismo internacional sempre incentivaram o desenvolvimento do fascismo tupiniquim. Na verdade, o pensamento dos capitalistas de nosso país não é muito diferente de figuras mais identificadas com a ideologia conservadora. O problema deles é que nunca tiveram coragem de assumir publicamente sua visão ideológica. Assim, se beneficiaram das atitudes dos integralistas contra os comunistas, e aplaudem (discretamente) cada frase raivosa de um antipetista maluco. O acordo político das elites de nosso país com o fascismo tem o objetivo de colher os benefícios de uma eventual exclusão da ideologia socialista e libertária.

Resistência - As alianças das elites com o fascismo sempre tiveram (e sempre terão) a contraposição de parte significativa da população brasileira. As décadas de ilegalidade dos comunistas nunca impediram que eles estivessem à frente de sindicatos de trabalhadores e de movimentos sociais populares. As tentativas de derrotar o PT também não terão sucesso. Nosso partido tem o reconhecimento de mais de 20% da população, maior percentual entre todos os partidos políticos brasileiros, e o nosso candidato presidencial lidera todas as pesquisas de opinião.   

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