Censura - Algumas ideias absurdas só vão adiante porque a mídia tradicional e o espaço institucional acabam reconhecendo sua legitimidade. É o caso de vários projetos conhecidos como "escola sem partido", que tramitam em várias casas legislativas, e que têm o único objetivo de estabelecer uma censura na vida de educadores e alunos. Execrável sob vários aspectos, a ideia já foi qualificada como "asneira", mas ainda assim continua em debate na sociedade e no parlamento.
Inconstitucional - Ao estimular o debate sobre a censura de atividades em sala de aula, os defensores da ideia estapafúrdia ignoram, propositadamente, que a Constituição de 1988 estabelece que "é livre o exercício de qualquer profissão" e que "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação". No caso do trabalho, a mesma Constituição de 1988 determina que devem ser "atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer" e, em relação à liberdade de expressão, a Lei Maior afirma que ela deve ser independente "de qualquer censura ou licença".

Fascismo - Defensores da censura ao trabalho dos professores chegaram a sugerir que alunos filmassem as aulas, com a pretensão de gerar uma escalada de denuncismo, o que pode ser responsável pelo desenvolvimento de uma cultura de delação, com consequências imprevisíveis para todas as pessoas. É necessário que esse processo seja estancado com urgência, sob pena de se tornar difícil de reverter.
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