terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Fascismo e resistência

Fascismo - A vitória eleitoral do "coiso" foi o episódio mais recente de um processo político que vem acontecendo, há bastante tempo, na história brasileira. Não foi um acidente no difícil percurso da luta das classes populares, mas um componente a mais no enfrentamento do nosso dia a dia. O conteúdo, claramente fascista, do discurso hegemônico, é assustador, mas o desafio permanente de mudar o mundo, segue atual, e cada vez é mais urgente.

Resumo - No caso do presidente Lula, pela primeira vez na história brasileira, podemos identificar, numa figura pública, o resumo das lutas e demandas da maioria da população brasileira. Ele representa a luta dos trabalhadores por melhores salários e melhores condições de trabalho e, ao mesmo tempo, encarna as demandas dos trabalhadores rurais, dos movimentos de moradia, das mulheres, dos negros, dos homossexuais e da juventude. 

#Lula livre - A luta pelo cancelamento da prisão arbitrária se confunde com a luta pelo estado de direito, e deve reunir forças políticas comprometidas com a democracia, no Brasil e no mundo. A abrangência da mobilização em defesa da liberdade do presidente Lula tem um aspecto institucional, que implica em observar as regras e prazos dos poderes judiciário e legislativo, no Brasil, e dos organismos internacionais; mas tem um aspecto político essencial, que é a mobilização permanente, na vigília de Curitiba e em manifestações públicas em todo o país.

Fascismo - Por terem caráter permanente, são muito perigosas as iniciativas do fascismo que buscam incutir, na opinião pública, valores conservadores e retrógrados. A vitória eleitoral do "coiso" foi assegurada, em grande medida, porque o grande público explicitou, através do voto, uma opinião que já existia, por causa da atuação permanente da direita, através da mídia tradicional e de seus representantes no judiciário e no parlamento.

Sutilezas - É difícil de notar, de imediato, o conteúdo fascista do noticiário das grandes emissoras de televisão, mas é inegável que a apresentação sistemática de notícias sobre violência é responsável pelo crescimento de uma sensação generalizada de insegurança, condizente com o discurso armamentista do "coiso" e com a defesa do uso indiscriminado de armas de fogo.

Resistência - Enfrentar o fascismo não é apenas uma tarefa política e institucional. O autoritarismo, na sua essência, é inimigo da cultura, da poesia, da música e do humor. No carnaval passado, o presidente ilegítimo e golpista foi lembrado no desfile de uma escola de samba do Rio de Janeiro, que também criticou a manipulação midiática. Neste ano, não será surpresa que o fascismo seja contestado na passarela do samba, e que o combate ao preconceito, ao racismo e à intolerância sejam cantados por multidões.

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