
Legitimidade - A acusação de que os integrantes do PT estariam torcendo contra o atual governo é uma tentativa de legitimar as ideias estapafúrdias que são defendidas por auxiliares e assessores do "coiso". Em países que passaram pela dolorosa experiência da guerra, ideias belicosas são combatidas. Povos que conviveram com o fascismo abominam qualquer tipo de autoritarismo. Do mesmo modo que existe uma pretensão de normalizar a prisão injusta do presidente Lula, os defensores do "coiso" querem que ideias como o racismo, o machismo e a homofobia sejam aceitas como normais e legítimas, como se fosse belo ter qualquer opinião imbecil. Um aviso aos simpatizantes de qualquer absurdo desse tipo: ideias excludentes e retrógradas nunca serão vistas como normais, e os que pensam de forma generosa e solidária nunca aceitarão um governo que defende o absurdo como regra.
Desconhecimento - Uma professora graduada, numa entrevista a um programa de rádio, se referiu a Simon Bolívar, afirmando que ele foi influenciado por Marx e Lênin. Seria até interessante que as ideias do combatente da luta contra a colonização espanhola das Américas tivessem sido influenciadas pelo socialismo, mas isto é impossível. Ele viveu em uma época anterior ao marxismo e ao leninismo. Existe uma possibilidade (grave) de que a declaração tenha sido dada por falta de informação. Uma professora graduada (de qualquer especialidade) não tem o direito de ser ignorante sobre a história.
Criminoso - O mais assustador, no entanto, é que ela tenha dito isso deliberadamente. O programa de rádio onde ela disse essa imbecilidade tem apelo popular, e sua audiência é formada, em grande parte, por pessoas que, em geral, são mal informadas sobre a história da humanidade. Não é improvável que a professora tenha dito isso buscando dialogar com os ouvintes do programa radiofônico, enfiando num mesmo contexto o líder venezuelano, o filósofo alemão e o líder da revolução russa. Se foi isso o que aconteceu, a professora cometeu um crime contra a humanidade. Ela pode ter se utilizado de uma mentira deslavada, com o único objetivo de conquistar adeptos para as ideias estúpidas defendidas por seguidores do "coiso".
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