
Golpismo - Os cortes orçamentários não se limitam ao setor educacional, devendo atingir, também, diversos outros setores da vida brasileira. O objetivo do golpismo sempre foi o de produzir sucessivos superávits para resgatar papéis públicos em poder do mercado financeiro.
Origens - A mobilização contra a redução de gastos públicos pode não ser suficiente para barrar a ofensiva do fascismo, especialmente porque os cortes se baseiam em emenda constitucional aprovada ainda durante a gestão do golpista Michel Temer. A origem dos cortes estava prevista na emenda constitucional que congelou os gastos públicos por vinte anos.
Consequências - Com a finalidade de cumprir a meta imposta pela emenda constitucional, prefeitos e governadores escolheram o caminho de penalizar os mais pobres. Não são poucos os municípios, por exemplo, que implantaram novos sistemas previdenciários para os servidores públicos e que cortaram convênios com entidades sociais populares.
Recessão - A redução de gastos públicos terá, também, como consequência, uma brutal recessão econômica. Muitos municípios dependem de investimentos públicos e vários pequenos negócios dependem da renda dos beneficiários da previdência social. Não será surpresa o encerramento de atividades do pequeno comércio, como bares e salões de beleza.

Conservadorismo - A pauta conservadora, repetida exaustivamente pelo "coiso" e por seus auxiliares, não tem a pretensão somente de dialogar com setores atrasados da sociedade, mas, essencialmente, pretende justificar a economia de gastos públicos com políticas públicas específicas para as mulheres, para os negros, para os homossexuais e para todos os excluídos e marginalizados.
Mobilização - Somente a mobilização do conjunto das massas populares pode forçar a fixação de prazos e condições que não signifiquem o corte drástico de políticas públicas e de programas sociais, e que não impliquem na eliminação de direitos. As manifestações de estudantes, professores e servidores da educação devem ser consideradas como ponto de partida para a construção de mobilizações mais vigorosas e generalizadas.
Lula livre - Para revogar as medidas do golpismo é imperativo que o presidente Lula seja libertado, mas, para que isso aconteça, será necessária uma mobilização muito maior do que a que fomos capazes de produzir até o momento. A especificidade das manifestações pode impedir (ou reduzir) cortes em determinados setores, mas pode não ser suficiente para reverter a política global de enxugamento dos poderes públicos.
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