
Eleições - Em 2020 o povo vai escolher prefeitos e vereadores. Os novos administradores municipais terão dificuldades em cumprir os limites orçamentários estabelecidos na legislação, e não existe indício de que o congelamento seja revogado. Os prováveis superávit's serão repassados aos credores da dívida pública. E os banqueiros e as empresas do mercado financeiro têm maioria entre os parlamentares para impedir qualquer mudança na lei.

Educação - Os cortes de investimentos públicos na educação superior são conhecidos de todas as pessoas. Com a justificativa de combater um hipotético "déficit público", o governo federal também cortou investimentos em pesquisa e, mais recentemente, governos estaduais e municipais alinhados com o fascismo estão anunciando cortes nos gastos públicos com a educação básica.
Previdência - A retirada de direitos trabalhistas e a eliminação das aposentadorias pretende que, dentro de algum tempo, as despesas públicas com benefícios sejam eliminadas. Também nesse caso, o provável superávit será repassado, aos credores da dívida pública. E também em relação à reforma da previdência, não existe qualquer indício de que ela seja revogada, ou modificada, uma vez que banqueiros e empresários do mercado financeiro controlam o voto da maioria dos parlamentares.
Transporte I - O valor das tarifas é bastante alto, e os empresários do setor de transporte público participam de um negócio que não oferece risco de prejuízo. São eles que fazem a planilha dos custos, e são remunerados segundo os próprios cálculos. Para piorar (ainda mais) a vida da população, os ônibus vivem cheios e, no caso de São Paulo, a prefeitura insiste em diminuir a quantidade de embarques que uma pessoa pode fazer para ir e voltar do trabalho.
Transporte II - Os trabalhadores do setor também vêm tendo grandes prejuízos. A provável eliminação da figura do cobrador vai resultar no desemprego de milhares de pessoas, e pode contribuir para a redução da segurança dos passageiros, uma vez que a tarefa de cobrar as passagens passará a ser exercida pelo motorista.
Improvável - A revogação dos cortes de gastos com saúde e educação e da reforma da previdência são improváveis. O restabelecimento de condições de trabalho para os profissionais do transporte público e de dignidade e comodidade para os passageiros também parece difícil. Diante dessa situação, só resta ao povo e aos trabalhadores resistir e lutar para que as coisas melhorem.
Resistir - Apesar de haver pouca chance de mudança na legislação, a resistência da população pode reforçar a atuação dos parlamentares que defendem os interesses e reivindicações da maioria do povo. É preciso intensificar a atuação dos movimentos sociais populares, em defesa da saúde pública de qualidade; dos estudantes e pesquisadores, em defesa de investimentos públicos no ensino e na pesquisa; dos trabalhadores da ativa e aposentados, em defesa da recuperação dos direitos adquiridos e dos benefícios previdenciários; e dos usuários do transporte público, em defesa do passe livre.
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