quinta-feira, 12 de julho de 2018

Judiciário golpista e mobilização popular

Evidência - A controvérsia, sobre decisão liminar de um desembargador em relação ao presidente Lula, tornou evidente o golpe em andamento no país. O descalabro se torna ainda mais claro se verificarmos que a decisão foi emitida por instância superior, e deveria ter sido cumprida imediatamente, e isso só não aconteceu por interferência de um conhecido juiz de Curitiba, que está de férias, fora do continente.

Ídolo - Idolatrado por pessoas que enxergam na aplicação de penalidades uma forma eficaz de combate à corrupção, Sérgio Moro vem se consolidando como um instrumento do golpismo. Endeusado por figuras públicas do governo sem voto, ele se sente à vontade para praticar ilegalidades em série e para poupar acusados e suspeitos ligados ao MDB e ao PSDB. Durante o circo judicial de domingo último, uma das pessoas citadas pela mídia tradicional para defender a atitude golpista de Sérgio Moro, foi Carlos Marun, principal aliado e defensor de Eduardo Cunha, um dos porta-vozes do golpismo e ministro do presidente ilegítimo.

Judiciário - Não existem mais dúvidas de que o poder judiciário e a mídia tradicional fazem parte da estrutura do golpe, e quem se insurgir contra isso será desautorizado publicamente, como aconteceu com o desembargador Rogério Favreto. O presidente Lula continua preso em Curitiba, injustamente. Imóvel atribuído a ele, sem nunca ter lhe pertencido, foi ocupado por militantes do MTST e, durante a ocupação, foi constatado que não ocorreu nenhuma reforma no apartamento. A reforma inexistente, (uma invencionice golpista, em que constava a instalação fictícia de um elevador privativo), foi usada como alegação para a condenação.

Esperança - Todas as apelações tentadas pelos advogados do presidente Lula foram negados. Nenhum deles, no entanto, reexaminou o mérito das acusações. A inexistência de provas nem chegou a ser verificada. O poder judiciário também se absteve de tomar conhecimento do fato novo mais importante dos últimos tempos. O presidente Lula é candidato a presidente da república e lidera todos os levantamentos estatísticos recentes. Ele foi escolhido pelo PT para a disputa presidencial, por sua viabilidade eleitoral, mas, especialmente, por representar a esperança de milhões de pessoas, em todo o país.

Candidatura - No próximo dia 15 de agosto será feito o registro da candidatura do presidente Lula. O usual é que, formalizada a inscrição, se inicie, na justiça eleitoral, o processo que pode homologar (ou não) a candidatura. Se tudo ocorrer conforme vem acontecendo, não é absurdo esperar que o procedimento seja acelerado, para indeferir a candidatura. Não há como evitar essa previsível celeridade pois o poder judiciário, em sua maioria, já demonstrou sua integração com o golpe. A única saída é insistir na mobilização popular, única forma possível de barrar decisões antidemocráticas de um judiciário golpista. 

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