
Prisões - Na véspera do início da paralisação, mais de 300 metalúrgicos foram presos em vários pontos da maior cidade do país. O objetivo da repressão era impedir que o movimento se iniciasse. Mesmo assim, a paralisação começou e, no segundo dia da greve, o assassinato do operário Santo Dias da Silva revelou outro aspecto da intervenção violenta da polícia. Ele foi assassinato com o objetivo de disseminar o medo entre os grevistas, mas, ainda assim, o movimento cresceu.

Repressão - O forte aparato repressivo, engrossado pela ação de diretores do sindicato, não foi suficiente para frear a disposição de luta da categoria dos metalúrgicos da cidade de São Paulo. A tentativa de espalhar o medo entre os grevistas também não obteve sucesso, e isso fez com que o movimento ganhasse apoio da sociedade civil, e a greve teve a duração de treze dias, o que viria a influenciar outras categorias de trabalhadores no enfrentamento com o peleguismo e com o governo autoritário.
Presente - A prisão de mais de 300 trabalhadores, na véspera da greve; o comportamento pró-patronal da diretoria do sindicato dos metalúrgicos de São Paulo; e a forte repressão policial não foram suficientes para inviabilizar o movimento e, mesmo depois de transcorridos 40 anos, a influência daquele momento histórico está presente. Muitas das lideranças daquela greve, por exemplo, ocupam postos importantes nas direções de partidos políticos de esquerda e em movimentos sociais populares.
Futuro - Os desafios do futuro vão ser enfrentados, com coragem e determinação, pelos movimentos sociais populares e pelos trabalhadores. As práticas que foram experimentadas na greve de 1979 sempre servirão de referência para as pessoas que se organizam para resistir e serão muito importantes para guiar todas as nossas iniciativas.
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